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Fazendo as malas

Dinheiro, Faniquito, Fazendo as malas

Do sonho à realidade

5 de abril de 2016

– Qual é a viagem dos seus sonhos?

Eu iria pra qualquer lugar” pode ser a resposta à pergunta que dá título a esse texto. Muita gente que nos visita vive dizendo que adoraria viajar mais, que gosta da forma como descrevemos nossas viagens. Oras, por que não viajar então? Porque decidir um destino e promovê-lo a projeto pessoal pode ser mais difícil do que parece. E digo isso com a experiência de quem não sonhava em viajar até meia década atrás, quando esse tipo de pensamento foi aos poucos ganhando terreno no meu cotidiano. Vou contar aqui, numa lista rápida, um jeito de fazer essa vontade toda virar algo mais. Vamos lá?

Primeiro passo: sonhe, deseje e defina um lugar

Não amigos, isso aqui não é um site de auto-ajuda, e muito menos aqueles canais cafonas do instagram, que trazem frases de efeito pra frustrar seu dia-a-dia de trabalhador. Mas o primeiro passo é sim desejar e querer algo específico. “Ir pra qualquer lugar” não te dá perspectiva, um horizonte, e daí a vontade genérica fica desfocada e sem horizonte. Desse ponto à frustração é um pulinho, e a coisa não toma forma.

Deseje alguma coisa de verdade, por mais bizarra que seja. Gosta de comer? De dormir? De tomar sol? De conhecer gente? Curte algum idioma? Quer conhecer um ponto turístico? Defina o lugar onde você vai encontrar essa coisa que você tanto gosta. Com o destino na cabeça, alimentar o sonho torna-se tarefa mais simples.

Segundo passo: pesquise sobre

Essa alimentação é feita com pesquisa, e pesquisar hoje em dia é uma baba. Não faltam fontes (confiáveis ou não), e nisso o Faniquito também está aqui pra te ajudar. Procure dicas de quem já foi, guias especializados, vídeos no YouTube. A Dé costuma pesquisar os jornais locais do destino desejado, pra saber sobre a situação política de lugares menos conhecidos/divulgados (e isso inclusive pautou nossa não-ida a um possível destino em nossas próximas férias). Toda informação vale, e procure se empanturrar de pesquisa antes de partir pro próximo passo.

Com planejamento, seu sonho ganha nome, número e horário.

Com planejamento, seu sonho ganha nome, número e horário.

Terceiro passo: consulte seu cofrinho

A hora que muitos temem, é o momento de ver quanto custa fazer esse sonho virar realidade. O mais importante aqui é manter a calma e os pés no chão, pois pra tudo tem jeito. Se você tiver economias suficientes e disponíveis para concretizar seu desejo, maravilha! Mas se não tiver, é hora de avaliar cada possibilidade: o tipo de transporte (ônibus, avião, carona, aluguel de carro), estadia (hotel, albergue, bed & breakfast, couch surfing), época para viajar (alta ou baixa temporada), e quanto em média custam alimentação, cuidados essenciais os programas desejados.

O mais importante é não fugir ou desistir antes de se informar direitinho, pois os valores MUDAM, e mudam MUITO considerando todos esses fatores. Se mesmo assim o dinheiro não der, planeje uma poupancinha paralela e faça um projeto a longo prazo. Uma relação muito verdadeira é a que para cada programa pago existe uma alternativa gratuita, e colocar no papel os custos estimados é o passo definitivo pra você aprender a planejar sua viagem.

Quarto passo: comece

Qual a melhor hora pra começar a me planejar“? Agora, meu amigo. É muito difícil fazer esse passo-a-passo num período curto, do tipo “quero viajar daqui a um mês“, a não ser que você tenha dinheiro e tempo sobrando. É uma possibilidade, mas certamente você faz parte de uma minoria. Por isso mesmo, não perca tempo postergando decisões que você pode tomar agora, pesquisas que você pode fazer no seu tempo vago, dinheiro que você pode começar a guardar agora mesmo, e abraçando promoções e oportunidades que surgem a todo momento.

Defina seu foco o quanto antes, e a partir daí siga essa receitinha de bolo, que de tão besta é necessária. Conte com a gente se quiser tercerizar esse trabalho, mas não deixe na vontade uma experiência cada vez mais necessária e esclarecedora. Viajar abre portas, e amplia cada vez mais sua percepção sobre o funcionamento do mundo e das pessoas. Sonhar é bom. Realizar é ainda melhor.

Fazendo as malas, Hospedagem, Ir e vir, Perrengues

Maldito mês de dezembro (?)

7 de dezembro de 2015

Foi-se a primeira semana de dezembro. O período de Festas é um dos momentos do ano em que a grande maioria das pessoas resolve botar o pé na estrada: férias escolares e/ou coletivas, é uma oportunidade de enfim juntar a família e fazer alguma coisa diferente da vida. Não por acaso, é justamente entre dezembro e janeiro em que essa alegria pode ser trocada por ódio mortal e absoluto se você não souber jogar direitinho com essas datas. Botar as malas no carro pode significar horas e horas de congestionamentos, competição por comida e abrigo com outros turistas, dores de cabeças inimagináveis e absurdas… enfim, a coisa toda pode virar um inferno.

Que o humor da Dé no trânsito seja igual ao seu durante esse final de ano.

Que o humor da Dé no trânsito seja igual ao seu durante esse final de ano.

Sendo assim, a gente vem passar umas dicas e conselhos aos que se aventuram nesse período, e que normalmente soltam fumaça só de pensar nesse “maldito mês de dezembro”. Vamos lá:

1) Sim, é mais caro – conforme-se ou não vá

O final de ano obviamente não é a melhor época pra viajar se você está apertado de grana. Períodos que coincidem com férias escolares/coletivas têm um aumento descomunal de preços em praticamente tudo: hospedagem, comércio local, lazer e abastecimento vão arrancar uma grana do seu bolso SIM – e não adianta ficar ranhetando na fila da vendinha ou pro tio do picolé. Se não tiver essa grana extra disponível, capriche na seleção de filmes do Netflix e fique em casa – seus meses de janeiro e fevereiro agradecerão, acredite.

2) Procedência

Na praia, na montanha, no interior ou exterior, com desconhecidos, amigos ou família: verifique a procedência da sua hospedagem (cuja reserva – espero – já tenha sido feita há dois ou três meses). Chuveiros que não esquentam, geladeiras que não fecham, ventiladores quebrados ou ar condicionado barulhento são coisas que sempre deixam a gente soltando fumaça. Tem cobertor? Cama suficiente? Pernilongo? A casa é ventilada? E a água? Precisa levar alguma coisa? Tem wi-fi? A internet é boa? É camping mesmo ou é um quintal adaptado? Não se acanhe em perguntar e pesquisar: mais vale apertar o espaço no carro e levar um ventilador de casa (desde que a voltagem bata – sim, não esqueça desse detalhe) do que passar duas semanas suando que nem um porco madrugada adentro.

Este é o Amadeu - o cara que você NÃO quer encontrar este mês.

Este é o Amadeu – o cara que você NÃO quer encontrar este mês.

3) Kit de escoteiro

Vale pra qualquer viagem, mas simbora relembrar: farmacinha (remédio pra dor de cabeça/muscular, band-aid, cotonete, gase, esparadrapo, pomada pra coceira, repelente se for o caso, protetor solar, creme dental e escova de dentes são o kit básico). Se usar algum medicamento específico, leve de casa. “Ah Marcelo, mas onde eu vou tem farmácia“. Sim, tem. E se não tiver o que você precisa (ou custar o triplo do que você normalmente paga) você vai se sentir culpado por não ter seguido essa dica. Uma bolsinha que cabe no porta-luvas ou no bolsinho da mochila pode te poupar a dor de cabeça de sair correndo no aperto, e uma graninha razoável.

Dinheiro em viagem é pra diversão, e não pra apagar incêndio.

Além da farmacinha, outros ítens legais de se ter na bagagem:

  • adaptador elétrico/benjamim (imagina que legal ter que desligar o ventilador pra deixar o celular carregando?);
  • se for tirar muitas fotos, lembre-se: descarregá-las pode ser necessário se você não tiver cartões de memória suficientes. Aí um hd externo ou uma boa conexão (para backup em nuvem) podem ser necessários. Ajuste expectativa e realidade, e seja feliz.
  • prepare-se pro melhor e pro pior: se mesmo com previsão de sol existir alguma possibilidade de fazer frio, não seja a anta que só levou bermuda e biquini. Às vezes sua praia pode acabar virando um Banco Imobiliário, e se isso acontecer, esteja quentinho, faça uma pipoca e divirta-se da mesma forma.
Nunca subestime a capacidade de diversão de um jogo de tabuleiro em dias de chuva.

Nunca subestime a capacidade de diversão de um jogo de tabuleiro em dias de chuva.

4) Tenha alternativas

Viaje com antecedência, e se possível faça o mesmo pra voltar. Horários bizarros são bem-vindos, desde que não coloquem em risco sua saúde e segurança (se for o caso, junte-se ao exército de turistas e escolha uma boa trilha sonora). Quando em seu destino, lembre-se que os programas mais populares serão inevitavelmente os mais abarrotados de gente. Procure alternativas menos conhecidas, ou mude os horários (não tenha medo de acordar cedo, almoçar mais tarde ou mesmo jantar no final da tarde – você está descansando, e sair da rotina inclui experimentar novos hábitos). Se a multidão for inevitável, não seja o cara que fica reclamando da demora, da fila ou do atendimento ruim (as pessoas da cidade que você está visitando também precisam se adaptar à demanda, e não é coisa simples).

Insira um milhão de turistas nessa foto e vislumbre seu futuro.

Insira um milhão de turistas nessa foto e vislumbre seu futuro.

5) Aproveite e mude seu jeito

É final de ano, e todo mundo quer festejar. Faça parte das lembranças boas das pessoas, sendo aquele que faz a diferença pro bem. Lave aquela louça que você não lavou o ano todo, divida as despesas e as dores de cabeça com quem estiver contigo, e faça parte do grupo. Se você não tiver grupo, é uma ótima época pra fazer amizades. Procure manter um sorriso na cara, e respire fundo nas dificuldades antes de responder com uma patada. Suas férias podem te ajudar a cumprir aquelas eternas promessas jamais cumpridas, se sua atitude começar a mudar antes mesmo da contagem regressiva.

São nossas dicas (mas ainda não é nosso último texto do ano) 😉

Faniquito, Fazendo as malas

Portas em automático

20 de agosto de 2015

Por Erica Hideshima


Faniquito. Palavra que define toda santa viagem. Pra mim, a empolgação é a mesma na hora de fazer uma mala de cinco quilos pra passar o fim de semana trabalhando nos eventos esportivos da vida, ou quando preparo meus dois grandes volumes de 32 quilos pra passar um mês fora. E, confesso, conter a ansiedade de escrever sobre isso está bem complicado – uma palavra atropela a outra, dá vontade de contar um monte de histórias num post só…mas vou tentar me controlar.

Dizem por aí que “viajar é trocar a roupa da alma”. E como eu gosto de shopping, gente. Sério: viajar é a coisa que mais amo na vida – mais do que comer e dormir.

Cada vez que a gente sai de casa, sempre volta com um monte de coisas que dariam excesso de bagagem se fossem palpáveis e tivéssemos de colocar nas malas. Memórias, sensações, sabores e cheiros que sempre serão lembrados – mesmo que você volte para o mesmo lugar depois de anos.

Depois de rodar e rodar por aí a gente acaba criando rituais para que cada vez a viagem funcione melhor. Esses são os primeiros passos depois que escolho pra onde ir:

  • Checar o formato da tomada (e a voltagem dela)
  • Checar a temperatura média no mês
  • Checar os meios de transporte públicos.
Transporte público: pra ficar de olho (e às vezes fotografar)

Transporte público: pra ficar de olho (e às vezes fotografar)

  • Conferir no TripAdvisor as dicas de pontos turísticos e hotéis.
  • Fazer um roteiro dia-a-dia (flexível, claro), já estipulando quanto dinheiro gastar por dia e quais são os lugares a serem visitados – sempre cumprindo a ordem de prioridades. Geralmente eu seguro bastante o dinheiro nos primeiros dias, pra poder esbanjar da metade pra frente caso não haja nenhum imprevisto no meio do caminho.
  • Reservar os hotéis quase sempre no www.booking.com, que reserva e cancela quase sempre de graça.
  • Avaliar o custo benefício do hotel em relação aos lugares onde quero ir. Geralmente, procuro ficar perto de estações de trem e metrô pra chegar mais rápido nos pontos que quero visitar.
Tudo fica mais fácil com mobilidade

Tudo fica mais fácil com mobilidade

  • Ter sempre dinheiro a mais pra imprevistos como o citado aqui embaixo.
  • Especialmente checar os aeroportos menores se você viaja com companhias low cost – teve uma vez que achei que iria de Frankfurt pra Veneza e era em um aeroporto a mais de 100km de onde eu estava. Ou seja: é como se estivesse em Congonhas e tivesse de pegar o vôo em Viracopos. Me ferrei e desembolsei mais de 100 eurecas pra chegar ao aeroporto. E era um táxi ilegal – ou seja, se tivessem me matado e jogado no mato, jamais teriam descoberto. Espero que minha mãe não leia isso.
  • Guardar seu passaporte como se fosse sua vida – sim, me roubaram o passaporte em Nápoli. Acreditem: o passaporte brasileiro é o mais caro no mercado negro, já que brasileiro não tem cara de nada e tem cara de tudo. Vale a pena comprar aqueles porta documentos que você usa dentro da calça. Coloque ali também o cartão de crédito e seu dinheiro.
  • Ter um cartão pré-pago ligado à sua conta bancária. No Itaú, por exemplo, tem o Global Travel – transfiro dinheiro da minha conta pro cartão pagando uma taxa que vale a pena na hora de comprar aquele monte de coisa que a gente paga muito mais caro no Brasil.
  • Não pare na rua pra dar atenção pra gente puxando papo do nada. Os caras são muito bons em levar suas coisas sem você nem perceber. Em Paris, por exemplo, tem o golpe do anel de ouro. Eles tentam parar as pessoas na rua dizendo que elas deixaram cair o anel de ouro. Passe reto – e muito rápido.
  • Atenção para o peso da sua bagagem: em vôos intercontinentais as malas podem pesar 32 quilos cada. Mas se você for voar em companhias low cost dentro da Europa ou Estados Unidos, muitas vezes você só pode despachar uma mala – com, no máximo, 23 quilos. Os caras enfiam a faca mesmo porque sabem que as pessoas não podem jogar a bagagem fora.
Fique de olho na balança (da bagagem)

Fique de olho na balança (da bagagem)

  • Leve uma farmacinha na bolsa. Remédios para dor-de-cabeça, cólica e alergias nunca são demais. Sou meio hipocondríaca, confesso, mas me sinto muito mais segura saindo de casa sem medo de comprar coisas desconhecidas se eu passar mal.

Enfim, seguir guias pode ser muito chato. E minha intenção não é fica botando o terror em ninguém. Sei quanto enche o saco alguém dizendo “faça isso, faça aquilo”…

Disto isso, encerro minha primeira participação no Faniquito já com faniquito de escrever outro post. Mas aí, prometo, vai ser sobre por onde andei…e por onde quero andar.


Se você quiser participar das publicações do Faniquito com suas histórias, curiosidades e dicas de viagem (e não importa o destino), é só entrar em contato com a gente por esse link. Todo o material deve ser autoral, e será creditado em nosso site.

Faniquito, Fazendo as malas

Fazendo a mala

4 de maio de 2015

Nossa primeira grande viagem foi para Bolivia e Perú. Como marinheira de primeira viagem, pesquisei tudo o que podia e não podia. Li trezentos mil relatos sobre cada lugar que iríamos visitar. Teríamos que viajar várias vezes dentro desses dois países e, como vocês podem imaginar, os ônibus e trens disponíveis por lá não eram da melhor qualidade. Isso sem contar os relatos de sofrimento das pessoas que resolveram fazer o tour para o Salar de Uyuni (o deserto de sal da Bolívia). Com isso em mente, me preparei para todos os cenários de desgraça possíveis e imagináveis.

Ainda lembro muito bem de arrumar a mala pensando em tudo que eu poderia precisar, seguindo uma planilha toda elaborada com tudo que uma pessoa preparada deveria ter. Assim como lembro claramente de chegar nos últimos dias da viagem com metade da mochila praticamente intacta.

Pensando nesse exato momento, eu te conto o que eu aprendi sobre como fazer a mala:

1. você não pode levar todas as possibilidades dentro da sua mala

A gente precisa de pouco, acredite.

A gente precisa de pouco, acredite.

Vamos encarar os fatos: existem literalmente milhares de coisas que podem acontecer durante uma viagem. Coisas que podem dar certo, que podem dar errado, que não saem conforme planejado. O albergue que te parecia tão ajeitadinho na internet pode ser um pulgueiro, então você leva o seu saco de dormir pra colocar na cama; chover numa época que normalmente não chove – você quer mesmo andar com um guarda chuva durante o período inteiro da sua viagem?; fazer um frio ou calor maior do que você estava esperando; você pode torcer o pé, ter dor, ter um piriri, ou então seu vôo ter overbooking e você passar uma noite a mais numa cidade sem reserva de hospedagem, ou então numa rodoviária xexelenta… É impossível você estar preparado para cada uma dessas possibilidades. Viajar é improvisar, e é difícil começar a imaginar o improviso arrumando a mala, no conforto do seu lar, onde você tem tudo à mão. O melhor é escolher o meio termo, ou se preparar para o cenário mais provável. Para o que foge disso, você pode se planejar financeira e espiritualmente para algumas surpresas: para comprar uma blusa mais quentinha, alugar um cobertor, ou até mesmo pegar um guarda chuva emprestado do albergue ou hotel.

2. diminua a quantidade de roupas

Mala mais vazia = menos peso nas costas = mais lugar pra trazer lembranças

Mala mais vazia = menos peso nas costas = mais lugar pra trazer lembranças

Na hora de arrumar a mala, pegue tudo que planeja levar e coloque na cama. Assim você tem uma visão geral de tudo que precisa caber na sua mala ou mochila. Tente reduzir ao mínimo possível. Lembre-se que você não precisa de uma roupa pra cada dia: você pode lavar roupa a cada três ou quatro dias, sempre que você chega em uma cidade nova, a cada duas cidades, enfim… você tem que pensar no planejamento da sua viagem e ver de quanto em quanto tempo pode usar aquela mesma roupa. Pra quem usa mochila, também pensar que esse é o peso que suas costas vão ter que aguentar durante todo o período da viagem.

3. mochila do dia

Minha mochilinha: meu xodó.

Minha mochilinha/minha companheirinha

É uma mochilinha que você leva nas costas o dia inteiro, todos os dias, com sua câmera, seu passaporte, carteira, celular e afins. Eu gosto de sair de casa com ela já pronta – é ali que eu levo tudo que tenho de valor, além de todo o planejamento da viagem, passagens, reservas etc. É minha fiel escudeira: durante o dia ela vai até virando cabide… amarro blusas e o que mais for possível nela, assim minhas mãos ficam livres, e não largo dela nem em avião e ônibus (ela viaja no meu pé).

4. alguns itens básicos

Isso é muito pessoal, mas sempre tem algumas coisas que não dá pra deixar de levar. O Masili, por exemplo, não fica sem fone de ouvido (pra ouvir música durante as viagens) e tampão de ouvido (pra quando a gente divide quarto em albergue). Eu, por exemplo, já fui salva por um pacote de lencinhos umedecidos numa rodoviária perdida entre o Perú e a Bolívia – além dos mesmos lencinhos terem sido essenciais para a manutenção do nosso casamento no Monte Roraima, onde passamos praticamente 3 dias sem conseguir tomar banho. Eu levo uma canga na minha mochila do dia, porque protege a câmera, e ainda posso usar pra outras milhares de coisas. Agora também tenho um tênis próprio para caminhada – depois de me arrastar durante quase 10 dias pela Europa por causa de dor no pé, resolvi que esse tênis, ao lado de um chinelo, são necessários e mais do que suficientes pra qualquer viagem.

Esse é só o básico do básico. Aos poucos a gente vai compilando mais dicas sobre essa arte e deixando por aqui.