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Dinheiro, Faniquito, Fazendo as malas

Do sonho à realidade

5 de abril de 2016

– Qual é a viagem dos seus sonhos?

Eu iria pra qualquer lugar” pode ser a resposta à pergunta que dá título a esse texto. Muita gente que nos visita vive dizendo que adoraria viajar mais, que gosta da forma como descrevemos nossas viagens. Oras, por que não viajar então? Porque decidir um destino e promovê-lo a projeto pessoal pode ser mais difícil do que parece. E digo isso com a experiência de quem não sonhava em viajar até meia década atrás, quando esse tipo de pensamento foi aos poucos ganhando terreno no meu cotidiano. Vou contar aqui, numa lista rápida, um jeito de fazer essa vontade toda virar algo mais. Vamos lá?

Primeiro passo: sonhe, deseje e defina um lugar

Não amigos, isso aqui não é um site de auto-ajuda, e muito menos aqueles canais cafonas do instagram, que trazem frases de efeito pra frustrar seu dia-a-dia de trabalhador. Mas o primeiro passo é sim desejar e querer algo específico. “Ir pra qualquer lugar” não te dá perspectiva, um horizonte, e daí a vontade genérica fica desfocada e sem horizonte. Desse ponto à frustração é um pulinho, e a coisa não toma forma.

Deseje alguma coisa de verdade, por mais bizarra que seja. Gosta de comer? De dormir? De tomar sol? De conhecer gente? Curte algum idioma? Quer conhecer um ponto turístico? Defina o lugar onde você vai encontrar essa coisa que você tanto gosta. Com o destino na cabeça, alimentar o sonho torna-se tarefa mais simples.

Segundo passo: pesquise sobre

Essa alimentação é feita com pesquisa, e pesquisar hoje em dia é uma baba. Não faltam fontes (confiáveis ou não), e nisso o Faniquito também está aqui pra te ajudar. Procure dicas de quem já foi, guias especializados, vídeos no YouTube. A Dé costuma pesquisar os jornais locais do destino desejado, pra saber sobre a situação política de lugares menos conhecidos/divulgados (e isso inclusive pautou nossa não-ida a um possível destino em nossas próximas férias). Toda informação vale, e procure se empanturrar de pesquisa antes de partir pro próximo passo.

Com planejamento, seu sonho ganha nome, número e horário.

Com planejamento, seu sonho ganha nome, número e horário.

Terceiro passo: consulte seu cofrinho

A hora que muitos temem, é o momento de ver quanto custa fazer esse sonho virar realidade. O mais importante aqui é manter a calma e os pés no chão, pois pra tudo tem jeito. Se você tiver economias suficientes e disponíveis para concretizar seu desejo, maravilha! Mas se não tiver, é hora de avaliar cada possibilidade: o tipo de transporte (ônibus, avião, carona, aluguel de carro), estadia (hotel, albergue, bed & breakfast, couch surfing), época para viajar (alta ou baixa temporada), e quanto em média custam alimentação, cuidados essenciais os programas desejados.

O mais importante é não fugir ou desistir antes de se informar direitinho, pois os valores MUDAM, e mudam MUITO considerando todos esses fatores. Se mesmo assim o dinheiro não der, planeje uma poupancinha paralela e faça um projeto a longo prazo. Uma relação muito verdadeira é a que para cada programa pago existe uma alternativa gratuita, e colocar no papel os custos estimados é o passo definitivo pra você aprender a planejar sua viagem.

Quarto passo: comece

Qual a melhor hora pra começar a me planejar“? Agora, meu amigo. É muito difícil fazer esse passo-a-passo num período curto, do tipo “quero viajar daqui a um mês“, a não ser que você tenha dinheiro e tempo sobrando. É uma possibilidade, mas certamente você faz parte de uma minoria. Por isso mesmo, não perca tempo postergando decisões que você pode tomar agora, pesquisas que você pode fazer no seu tempo vago, dinheiro que você pode começar a guardar agora mesmo, e abraçando promoções e oportunidades que surgem a todo momento.

Defina seu foco o quanto antes, e a partir daí siga essa receitinha de bolo, que de tão besta é necessária. Conte com a gente se quiser tercerizar esse trabalho, mas não deixe na vontade uma experiência cada vez mais necessária e esclarecedora. Viajar abre portas, e amplia cada vez mais sua percepção sobre o funcionamento do mundo e das pessoas. Sonhar é bom. Realizar é ainda melhor.

Faniquito

Eu, viajante

23 de fevereiro de 2016

Eu nunca pensei que seria uma daquelas pessoas que se programa todo ano pra viajar. Há 8 anos, quando fizemos nossa primeira viagem, a coisa toda aconteceu de uma forma tão impulsiva, que não foram poucas as vezes que me desentendi com a Dé durante aqueles oito dias: pouco dinheiro, medo de improvisar, insegurança por estar num lugar totalmente desconhecido eram algumas das coisas que me faziam temer mais do que aproveitar aqueles primeiros momentos. Aos poucos, fui me acostumando àquele cenário, e a coisa toda acabou fluindo de uma maneira um pouco melhor. Mas não foi fácil.

Por isso mesmo, entendo as pessoas que resistem a sair da concha. A gente vive ouvindo sobre a tal “zona de conforto”, e o quanto ela acaba “nos protegendo” de tudo aquilo que não conhecemos. É um jeito de enxergar a vida, sem dúvida: no quentinho e fofinho, tudo parece maravilhoso e sob controle. Durante a maior parte da minha vida, era essa a minha cabeça. E da mesma forma, quando ouvia que fulano ia pra não sei onde, tudo aquilo me parecia trabalhoso demais, caro demais, difícil demais pra valer tamanho investimento. Estava enxergando o mundo lá de dentro da minha concha, onde a gente vê as coisas pela perspectiva de um olho mágico, com travas na porta e chave girada. É mais seguro acompanhar a vida daqui, de dentro da redoma.

A gente acaba se boicotando. Encontrando “prioridades mais prioritárias”, e algumas desculpas que reprimem nossas vontades. Claro que custa dinheiro – tudo na vida custa. Dinheiro é necessário. A diferença é o que você faz com o que ganha. Quanto tempo você pretende economizar, de quanto precisa, no que de fato quer gastar, e se viajar for uma opção válida e forte, pra onde quer ir. Pode demorar pouco, pode levar uns dois ou três anos. Se é longe, precisa de tempo, e se você não tem tempo, precisa dar um jeito de conseguir compensar esses intervalos de uma maneira produtiva, pra que a viagem não seja um parênteses, e sim parte da sua vida. A ideia central é: incorporar esse planejamento e todas as suas variáveis ao seu dia-a-dia, de forma que pensar a viagem não seja um ato de desespero, com pouco menos de um mês pra tirar férias, e sim uma ação contínua e abrangente.

Mas como sair de dentro da concha, e incorporar essa rotina?

Planejar. Sempre.

Planejar. Sempre.

Planejar uma viagem é pensar em vontades, escancarar desejos e tentar concretizar alguns sonhos. Tudo isso leva em consideração esse contexto complexo, de distâncias, valores, tempo hábil, deslocamento e diferenças. Transformar dificuldade em ânimo é o primeiro e mais difícil passo. Parece tão difícil quanto dar entrada num carro, num apartamento, comprar um sofá, criar um filho. A gente se sente incapaz até começar a fazer – seja voluntariamente, ou por necessidade. E sim: viajar torna-se uma necessidade quando você começa. Ver novas cores, jogar do imaginário pra memória, ou mesmo experimentar as transformações inevitáveis que uma experiência dessas sempre (e repito: SEMPRE) proporciona são algumas das razões que levam a gente a todo ano repetir esse ciclo, de uma forma tão natural que nem percebemos mais quando começa e quando termina um desses projetos.

Mesmo em um contexto econômico tão adverso quanto o atual, projetos são projetos: existem opções, que às vezes não são tão óbvias, e as vontades, bem… essas nunca mudam. Nossa função é sempre ajudar, incentivar, não deixar a bola cair. Talvez pelo fato de nossa primeira viagem ter sido feita da forma mais absurda possível – ambos desempregados e sem renda alternativa, demorando a entender caro e barato num país diferente, e sem saber sobre como seria o dia seguinte – que a gente assimile as dificuldades como sendo um terreno comum, ao qual qualquer ser humano está sujeito. Na adversidade, aprendemos mais em oito dias do que em meses e meses de namoro. Amadurecemos. Conhecemos coisas novas. Outras opções. Colecionamos momentos, que até hoje têm cheiro de novo. Voltamos felizes – e obviamente, preocupados, mas corremos atrás e ajeitamos as coisas até a viagem seguinte, que teve outros problemas, e mais uma tonelada de ensinamentos, soluções e memórias.

Viajar é um ciclo de recompensas. Seria fácil cair no lugar comum e citar que “dinheiro em viagem não é gasto, mas investido”. Soa babaca quando nosso bolso está vazio, mas aprendemos a dar nossos pulos mesmo com pouco ou quase nada na carteira. Então sim, é um constante investimento viver e proporcionar a outras pessoas esse tipo de sensação. É o que a gente leva adiante, e que nenhum momento de dificuldade é capaz de arrancar de dentro da gente. Sua cabeça muda, você evolui como ser humano e cidadão, além de entender de uma forma muito mais clara sua importância pro mundo e pras pessoas. Viajar é foda. Não existe hora boa ou ruim pra isso: existe sim o planejamento adequado à situação e suas necessidades.

É nossa prioridade – tão inabalável quanto qualquer vontade sincera. Como, quando e onde cuidar dela, depende de você. Quanto a nós dois, um novo planejamento está em andamento, e quem sabe logo mais ele venha parar aqui. Até lá, pense bem o quão gostosa é essa concha, e se essa coceirinha aí não é vontade de dar uma volta pelo resto do oceano…

Faniquito

Ano um

14 de dezembro de 2015

Exatamente hoje completamos nosso primeiro aniversário!

Com um saldo de 89 textos (contando com esse) e 22 países contabilizados até o momento. Um começo de muita realização pra gente, que fez dos nossos papos recorrentes motivo de pauta e disciplina: dois textos por semana, sempre que a agenda de ambos permitisse, com espaço liberado para amigos, conhecidos ou aventureiros que, assim como nós, curtissem soltar o verbo sobre suas experiências pessoais na estrada – fosse ela de terra, asfalto, gramada, de areia, do céu ou mesmo debaixo d’água.

Chegaram à nossa caixa postal as mais diversas histórias: paixões, desabafos, contos, receitas, dicas, percepções pessoais, e o mais importante – olhares diferentes sobre o mesmo assunto. Viajar amplia os horizontes, e isso a gente já sabe. Some mais e mais pessoas, e o horizonte que surge é imensurável. Essa é nossa vontade, sempre: ir mais e mais longe, até conhecer tudo o que uma, duas ou várias vidas permitam.

Da nossa parte, esmiuçamos e fragmentamos nossas próprias experiências, e nos acostumamos a discutir e relembrar nossas viagens semanalmente. Um hábito gostoso, e que fez muito bem à nossa memória. Abrir nossa memoriabilia, tirar dúvida sobre alguns detalhes para ilustrar nosso próximo texto é sempre coisa boa de se fazer, e o Faniquito continuou sendo mais diversão e menos trabalho pra gente.

E mais de 700 fotos, sendo quase todas autorais :)

E mais de 700 fotos, sendo quase todas autorais 🙂

Por isso mesmo, além de apagar velinhas, agradecemos a todos vocês que estiveram com a gente durante esse primeiro ano – seja comentando, curtindo, compartilhando ou enviando textos pra gente, bem como as primeiras pessoas que apostaram no Faniquito para planejar suas viagens. Num ano tão difícil e adverso, procuramos manter o entusiasmo sem perder a noção da realidade. Viajar é sim um prazer, exige esforço, algum investimento (que varia conforme propósitos e condições), e nem sempre essa equação é simples como a gente vê em alguns discursos por aí. Não planejamos algumas coisas que surgiram pelo caminho, como a necessidade de alguns posicionamentos, e senso crítico com determinadas situações. Estamos constantemente buscando esse crescimento, e vocês nos ajudam nessa caminhada.

Nesse nosso penúltimo texto de 2015, somos só alegria…! Se quiserem nos presentear, enviem novos textos – quem já nos escreveu, quem ainda está ensaiando ou mesmo quem nunca cogitou. É bem divertido, acreditem. Aos que gostam desse nosso recheio, sintam-se à vontade para nos divulgar. E se você estiver a fim de viajar, e quiser um roteirinho fora da curva, conte com a gente pra montar um itinerário divertido. Seremos todos muito felizes!

Obrigado mesmo galera! Que seja só o início!

Faniquito, Fazendo as malas

Fazendo a mala

4 de maio de 2015

Nossa primeira grande viagem foi para Bolivia e Perú. Como marinheira de primeira viagem, pesquisei tudo o que podia e não podia. Li trezentos mil relatos sobre cada lugar que iríamos visitar. Teríamos que viajar várias vezes dentro desses dois países e, como vocês podem imaginar, os ônibus e trens disponíveis por lá não eram da melhor qualidade. Isso sem contar os relatos de sofrimento das pessoas que resolveram fazer o tour para o Salar de Uyuni (o deserto de sal da Bolívia). Com isso em mente, me preparei para todos os cenários de desgraça possíveis e imagináveis.

Ainda lembro muito bem de arrumar a mala pensando em tudo que eu poderia precisar, seguindo uma planilha toda elaborada com tudo que uma pessoa preparada deveria ter. Assim como lembro claramente de chegar nos últimos dias da viagem com metade da mochila praticamente intacta.

Pensando nesse exato momento, eu te conto o que eu aprendi sobre como fazer a mala:

1. você não pode levar todas as possibilidades dentro da sua mala

A gente precisa de pouco, acredite.

A gente precisa de pouco, acredite.

Vamos encarar os fatos: existem literalmente milhares de coisas que podem acontecer durante uma viagem. Coisas que podem dar certo, que podem dar errado, que não saem conforme planejado. O albergue que te parecia tão ajeitadinho na internet pode ser um pulgueiro, então você leva o seu saco de dormir pra colocar na cama; chover numa época que normalmente não chove – você quer mesmo andar com um guarda chuva durante o período inteiro da sua viagem?; fazer um frio ou calor maior do que você estava esperando; você pode torcer o pé, ter dor, ter um piriri, ou então seu vôo ter overbooking e você passar uma noite a mais numa cidade sem reserva de hospedagem, ou então numa rodoviária xexelenta… É impossível você estar preparado para cada uma dessas possibilidades. Viajar é improvisar, e é difícil começar a imaginar o improviso arrumando a mala, no conforto do seu lar, onde você tem tudo à mão. O melhor é escolher o meio termo, ou se preparar para o cenário mais provável. Para o que foge disso, você pode se planejar financeira e espiritualmente para algumas surpresas: para comprar uma blusa mais quentinha, alugar um cobertor, ou até mesmo pegar um guarda chuva emprestado do albergue ou hotel.

2. diminua a quantidade de roupas

Mala mais vazia = menos peso nas costas = mais lugar pra trazer lembranças

Mala mais vazia = menos peso nas costas = mais lugar pra trazer lembranças

Na hora de arrumar a mala, pegue tudo que planeja levar e coloque na cama. Assim você tem uma visão geral de tudo que precisa caber na sua mala ou mochila. Tente reduzir ao mínimo possível. Lembre-se que você não precisa de uma roupa pra cada dia: você pode lavar roupa a cada três ou quatro dias, sempre que você chega em uma cidade nova, a cada duas cidades, enfim… você tem que pensar no planejamento da sua viagem e ver de quanto em quanto tempo pode usar aquela mesma roupa. Pra quem usa mochila, também pensar que esse é o peso que suas costas vão ter que aguentar durante todo o período da viagem.

3. mochila do dia

Minha mochilinha: meu xodó.

Minha mochilinha/minha companheirinha

É uma mochilinha que você leva nas costas o dia inteiro, todos os dias, com sua câmera, seu passaporte, carteira, celular e afins. Eu gosto de sair de casa com ela já pronta – é ali que eu levo tudo que tenho de valor, além de todo o planejamento da viagem, passagens, reservas etc. É minha fiel escudeira: durante o dia ela vai até virando cabide… amarro blusas e o que mais for possível nela, assim minhas mãos ficam livres, e não largo dela nem em avião e ônibus (ela viaja no meu pé).

4. alguns itens básicos

Isso é muito pessoal, mas sempre tem algumas coisas que não dá pra deixar de levar. O Masili, por exemplo, não fica sem fone de ouvido (pra ouvir música durante as viagens) e tampão de ouvido (pra quando a gente divide quarto em albergue). Eu, por exemplo, já fui salva por um pacote de lencinhos umedecidos numa rodoviária perdida entre o Perú e a Bolívia – além dos mesmos lencinhos terem sido essenciais para a manutenção do nosso casamento no Monte Roraima, onde passamos praticamente 3 dias sem conseguir tomar banho. Eu levo uma canga na minha mochila do dia, porque protege a câmera, e ainda posso usar pra outras milhares de coisas. Agora também tenho um tênis próprio para caminhada – depois de me arrastar durante quase 10 dias pela Europa por causa de dor no pé, resolvi que esse tênis, ao lado de um chinelo, são necessários e mais do que suficientes pra qualquer viagem.

Esse é só o básico do básico. Aos poucos a gente vai compilando mais dicas sobre essa arte e deixando por aqui.

Faniquito

Uma apresentação formal

8 de janeiro de 2015

Daqui a alguns dias nosso projeto completa seu primeiro mês. O Faniquito já sabe andar sozinho, e até arrisca algumas palavras. Com essa independência precoce, talvez seja hora de apresentar um pouco melhor nosso espaço, e contar pra vocês o que exatamente estamos fazendo aqui – afinal de contas, um monte de gente nova apareceu, e as apresentações se fazem mais que necessárias.

Para uma melhor experiência (sim, recomendações de cinema),
cliquem nos links sublinhados durante as explicações abaixo

Tirando o óbvio – adoramos viajar, é fato – nosso site existe essencialmente por duas razões:

A primeira é o registro de viagens: aquelas que fizemos, as que estamos planejando, e as que pretendemos fazer. Mais que isso – queremos histórias e relatos de pessoas igualmente apaixonadas, vislumbradas ou que tenham algo pra dividir sobre o tema. Não demoramos a aprender que os registros são tão importantes quanto a experiência em si. Sabemos que as memórias ficam turvas com o passar do tempo, e viajar possibilita um aprendizado tão intenso num período tão curto que desperdiçar qualquer detalhe seria um verdadeiro pecado. Para isso, contamos com alguns colaboradores/amigos, que esporadicamente passarão a temperar os conteúdos do Faniquito com suas histórias, dicas, macetes, curiosidades, causos e o que mais valer a pena registrar.

A importância de um registro: quando será a próxima vez que cruzaremos com o pipoqueiro do fim do mundo?

A importância de um registro: quando cruzaremos novamente com o pipoqueiro do fim do mundo?

E com tantas informações pipocando, sabemos que a vontade de viajar – o faniquito propriamente dito, pra quem não sabia o porquê do projeto ter esse nome – vai além de visitar nossa página. Para essa segunda etapa, temos nossa segunda razão de ser:

E ela consiste no planejamento de viagens por demanda – algo que sempre fizemos por aqui, pra nós mesmos, desde a nossa primeira viagem. Nunca encontramos pacote, agência ou combinação pronta que nos fosse plenamente satisfatória… afinal de contas, quem não quer conhecer, visitar ou explorar o máximo possível de um destino até então desconhecido? Temos nossas próprias vontades e desejos – que nem sempre podem ser encaixados em soluções prontas. Por que não podemos então fazer a coisa do nosso jeito?

A gente está aqui pra te ajudar EXATAMENTE nisso – pois podemos.

É fácil resumir o porquê de estarmos aqui

É fácil resumir o porquê de estarmos aqui

E essa ajuda consiste numa assessoria totalmente voltada ao desejo que cada um tem, de fazer a viagem do jeito que gosta: mochilando, pra namorar, pra conhecer gente ou lugares diferentes, pra simplesmente passear e relaxar, entre tantas outras possibilidades. Fornecemos um planejamento completo, com dicas sobre onde ficar, o que fazer, onde comer, por onde passear, e como fazer tudo isso se locomovendo por conta própria – e não num ônibus ou avião com pessoas usando uniforme. Não compramos nada, não vendemos nada. Nosso negócio é somente o planejamento, o caminho das pedras para que o futuro viajante tenha onde se basear, para dar seus passos em terras desconhecidas com propriedade e conhecimento.

Já temos alguns clientes com seus planejamentos em andamento – sim, nascemos com a mão na massa, e esperamos continuar assim! Se você se interessou, quer saber mais, quem sabe mandar sua história de viagem, escreva pra gente por aqui. Tá a fim de fazer as malas com um planejamento nosso? Então clique aqui. E se quiser trazer mais gente pra esse espaço roxinho simpático, indique pros amigos nossa página, facebook, instagram, pinterest e/ou twitter.

Estamos devidamente apresentados? Então simbora!

Dinheiro

E o dinheiro?

22 de dezembro de 2014

Viajar não e tão difícil quanto parece.

O dinheiro envolvido pode parecer restritivo, mas ao invés de pensar que tal orçamento vai te impedir, por que não pensar que esse mesmo orçamento é que vai ditar o tipo de viagem que você vai fazer? É simples assim: Existem vários estilos de viagem. Você pode se hospedar nos melhores hotéis, comendo nos melhores restaurantes e fazendo passeios fechados, que normalmente custam mais caro; ou então se hospedar em albergues, hotéis menores e mais simples, alugar um quarto no Airbnb, comer “comida de rua”, fazer compras no supermercado, cozinhar suas próprias refeições e fazer passeios por conta própria. Esses são somente dois exemplos em situações opostas, mas existem milhares de opções que você pode escolher, e são essas escolhas que vão ditar o seu estilo de viagem e, consequentemente, seu orçamento.

Não vou dar dicas específicas de como guardar dinheiro. Esse assunto é complicado e rende uma discussão mais focada, mas vou dizer o que eu faço e que tem funcionado muito bem com a gente (estou falando aqui de uma pessoa que tem um emprego normal, onde se tira férias uma vez por ano, e por consequência, só consegue fazer uma viagem grande uma vez por ano também):

1. Tenho uma poupança de viagem. Eu já aprendi o quanto do que eu ganho pode ser reservado sem afetar os nossos gastos normais, então logo que recebo meu tão suado salário, antes mesmo de pagar as contas, já reservo o dinheiro da poupança. Isso é feito ao longo do ano, todos os meses. Chegando perto das férias, esse é o nosso orçamento. A viagem vai ter que ser adaptada pra esse orçamento (já chegamos a mudar o destino por esse motivo).

2. A melhor época para se comprar passagens aéreas é por volta de dois meses antes da sua viagem (aqui tem um texto muito bom sobre isso). Fazemos a compra da passagem com cartão de crédito, e o pagamento com o menor número de parcelas possíveis sem estourar o orçamento total. A ideia é tentar pagar a passagem antes da viagem terminar. Eu, pessoalmente, não gosto de voltar da viagem e continuar pagando por mais três ou quatro meses. Mas também não adianta pagar a passagem à vista, se isso vai te deixar sem dinheiro durante a viagem: tudo isso tem que funcionar equilibradamente. Se alguma coisa tem que ser paga no cartão de crédito (e sempre tem – não dá pra fugir) é melhor que seja uma passagem comprada em Reais do que hospedagem e outros gastos feitos em moeda estrangeira, que estão sujeitos à variação de câmbio e IOF.

3. Não levamos muita coisa em dinheiro físico. Na verdade, isso depende do seu destino. Claro que chegando na Venezuela, por exemplo, levamos tudo que tínhamos em dinheiro físico porque não podíamos contar com uma infra-estrutura que nos permitisse outra coisa. Mas destinos mais ‘preparados’ nos permitem fazer o seguinte: levamos uma reserva em Real (uns R$ 200,00 a R$ 400,00) – essa é a reserva do desespero: se tudo der errado, você corre pra casa de câmbio e troca esses Reais. Deixamos todo o nosso dinheiro em duas contas separadas (uma minha, outra do Masili). Essas duas contas são normais – poupança ou corrente mesmo, o único porém é: você deve avisar o seu banco que vai viajar pra fora do país (ou seu cartão é bloqueado para prevenir fraudes após a primeira transação em território estrangeiro) e ele deve fazer parte da Rede Plus (Visa) ou Rede Cirrus (Master).

Os selinhos, no verso dos cartões.

Os selinhos, no verso dos cartões.

Os nossos cartões são da Plus. Isso te permite chegar em qualquer banco do mundo que faça parte dessa rede (e os bancos participantes são muitos) e sacar seu dinheirinho diretamente da sua conta, no débito, na moeda local, com uma conversão muito boa e uma taxa simbólica cobrada pelo seu banco. Além de você estar com dinheiro em mãos (há quem diga que temos mais cuidado ao gastar o dinheiro físico do que com um cartão de débito, por exemplo), você pode entrar no extrato da sua conta a qualquer momento e decidir se o que você está gastando está condizente com o seu orçamento ou não.

Isso é o que pode te ajudar a controlar os gastos e te manter dentro do planejamento. Mas tudo isso também depende do seu auto controle e do que você considera como prioridade na sua viagem. Depois de algumas viagens, eu e o Masili descobrimos que não abrimos mão de boa comida, por exemplo, mesmo que isso signifique compartilhar um quarto e um banheiro em um albergue, onde passamos tão pouco tempo. Mas também conheço quem troque uma boa refeição por um quarto maravilhoso de hotel. Pra quem não abre mão de nenhum dos dois, a escolha do destino e a duração da viagem tem que ser mais cuidadosa. Qualquer prioridade é válida, desde que permita fazer da sua viagem aquilo que você quer.