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Turbulências

2 de junho de 2015

Sejamos sinceros: você, ser humano assalariado, de uma vida sem grandes luxos e ajustada, que faz parte de uma boa parcela da população brasileira, não está pensando em viajar no atual momento econômico deste país. Então por que cargas d’água você entraria semanalmente em nosso site, cujo mote principal é justamente “esse luxo” de botar o pé na estrada?

Acredite: há um motivo.

Por pior que seja o momento – e atualmente, ele é BEM ruim – a gente precisa de metas. Nossa primeira viagem em 2008 aconteceu sob o pior cenário possível: ambos desempregados, de passagem comprada alguns meses antes em outra situação, com dinheiro contado. Uma situação desgraçada, pois teu planejamento é todinho econômico: orçamento restrito, programação desconhecida, ajustes mínimos e improvisos perigosos. Mesmo de cabeça quente, fazendo contas todo santo dia e regulando os impulsos, nosso objetivo era claro: sobreviver àquela primeira incursão em terras estrangeiras. E mesmo tendo sido uma ótima viagem (sim, viajar sempre é bom, mesmo quando é ruim), o pau quebrou algumas vezes, e tivemos a companhia de uma certa tensão inevitável.

A gente sonha sem se preocupar com limites, e com a cabeça no lugar realiza o que estiver ao alcance. Nem sempre dá pra ir longe como gostaríamos – ao mesmo tempo em que é gostoso acompanhar a realização alheia, a gente sente uma frustração razoável em não poder igualar certas conquistas. É inerente ao ser humano esse desejo de algo mais, e é isso que constantemente nos move (ou pelo menos, deveria).

Por isso mesmo, o texto de hoje não é exatamente sobre destinos, dicas ou conquistas realizadas. É sobre motivação. Sobre sonhar com algo a mais, e não desanimar com as adversidades. Às vezes falta grana. Falta tempo. Dá errado. Sim, é muito fácil e muito cômodo vender a ideia de que sempre é maravilhoso, mas sabemos: não é assim na vida real. E a frustração faz parte – e da mesma forma que incomoda, serve de combustível pra gente arriscar na sequência.

Há sempre um longo caminho até a praia (menos para os cariocas) :)

Há sempre um longo caminho até a praia (menos para os cariocas) 🙂

Então sim, a gente continua falando de coisas bacanas. De lugares legais. De histórias divertidas, mesmo nesse momento “casca grossa” que estamos vivendo por aqui – todos nós. É nossa maneira de contribuir com aspirações maiores, com metas futuras, nosso apertar de lâmpada pra que haja uma luz no fim do túnel, e que a gente tenha capacidade e coragem de enfrentar a lama e os buracos pra chegar lá. E queremos você por perto, se inspirando quando possível, sonhando junto quando algo te emocionar, e estabelecendo metas pessoais. É nossa missão, nesse universo de tanta coisa ruim, botar um pouco de alegria e cor nos dias de todo mundo.

Não estamos num comercial de margarina, numa novela da Globo, nem vivendo em cenários do Instagram. Toda viagem longa tem turbulências, mas a ideia é sempre passar ileso e pousar com tranquilidade em nosso destino. Força aí, molecada… que o Faniquito não pode parar 🙂