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Zagreb pra isso

13 de julho de 2015

Depois das generalidades, trazemos hoje as coisas que Zagreb realmente soma. Porque sim, toda cidade tem suas particularidades – e algumas delas podem ser muito legais. Começando pelo passeio até a cidade alta – e partindo do último ítem do texto anterior (no final do segundo parágrafo), quando dissemos que havia uma escadaria próxima ao centro gastronômico da cidade.

Pra quem já subiu o Roraima, essa escadinha é um espirro.

Pra quem já subiu o Roraima, essa escadinha é um espirro.

O acesso à cidade alta é possível tanto pela escadaria quanto pelo funicular (Zagrebacka Uspinjaca) – e temos aí nossa primeira particularidade: o funicular de Zagreb é um dos “menores transportes coletivos” do mundo. Não usamos o bichinho, uma vez que a subida pela escadaria leva pouco mais de um minuto, mas nos rendeu algumas fotos bem simpáticas.

O funicular é o transporte familiar de fato - afinal, não cabe mais que uma família por bondinho.

O funicular é o transporte familiar de fato – afinal, não cabe mais que uma família por bondinho.

Já na cidade alta, algumas coisas valem a pena. A começar pelo passeio até duas ruas acima, onde demos de frente com a Igreja de St. Mark. Apesar do prédio relativamente pequeno, é uma construção marcante – principalmente por seu telhado, composto de um mosaico de ladrilhos brilhantes, com desenhos e dois escudos em destaque: o brasão de armas de Zagreb (vermelho, com um castelo, à direita), e o brasão que representa o Reino da Croácia (1527 a 1868, que foi parte das terras da Coroa de St. Stephen – hoje território croata em toda a sua extensão).

A bela igreja de St. Mark...

A bela igreja de St. Mark…

...e os brasões destacados (que ao vivo, possuem cores BEM mais vivas).

…e os brasões destacados (que ao vivo, possuem cores BEM mais vivas).

Existem outras igrejas e prédios do governo próximos à igreja, mas tínhamos um objetivo: ouvir/assistir ao estouro do canhão, que acontece na cidade todos os dias ao meio-dia em ponto: uma tradição que vem desde 1º de janeiro de 1877. Procuramos nas placas espalhadas pelas ruas da cidade, e nada. Andamos, andamos, e nada. Pois quando resolvemos sentar pra descansar próximos ao funicular, e a Dé foi comprar uma pipoca, olhamos pra cima e…

...enquanto a Dé garantia a pipoquinha croata da manhã...

…enquanto a Dé garantia a pipoquinha croata da manhã…

...aquela janelinha aberta lá em cima acusa o bendito canhão!

…aquela janelinha aberta lá em cima acusa o bendito canhão!

Sim, o forte (Kula Lotrščak) tem placas que dão a entender que o prédio é um pequeno museu. Entramos e perguntamos se era ali mesmo o raio do canhão – o que nos foi confirmado pela moça que tomava conta da loja no piso térreo. Compramos a entrada (que além do canhão dá acesso à parte superior do forte, que nos permite uma visão em 360º de Zagreb). Bom, antes de qualquer coisa, o canhão – em vídeo. Sim, estávamos sozinhos – e o estouro é pra arrebentar qualquer ouvido…

O guarda responsável pelo canhão convidou a gente a visitar a cabine em seguida pra tirar umas fotos.

Faz barulho MESMO o danado.

Faz barulho MESMO o danado.

Logo depois, subimos pra conferir Zagreb por cima. E que surpresa agradável foi essa 🙂

Perto dali, outro ponto marcante da cidade é o Stone Gate. Porém, mesmo com esse nome, não esperem um portão de pedra, ou mesmo algo grandioso, como uma catedral ou um forte. O Stone Gate é um fragmento da muralha que abrigava a cidade velha. Possivelmente datado de 1266, é um memorial que abriga uma pintura da Mãe de Deus – peça inexplicavelmente salva do fogo em 1731, em um dos diversos incêndios que castigaram a região. Nessa pequena curva está hoje uma espécie de capela, que atrai fiéis de todas as partes do mundo. E exatamente por ser uma capela, não nos sentimos suficientemente à vontade pra bater uma foto lá dentro.

Stone Gate: menor que a sala aqui de casa, é exatamente essa curvinha aí.

Stone Gate: menor que a sala aqui de casa, é exatamente essa curvinha aí.

São algumas das curiosidades da capital croata, que é um lugarzinho dos mais gostosos. Mesmo não tendo esse apelo turístico todo, todo lugar novo sempre garante um punhado de histórias bacanas. As de Zagreb voltaram na nossa memória, e possuem um sabor bem bacana!