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O albergue

13 de agosto de 2015

Quando a gente começa a planejar uma nova viagem, conciliar prioridades vai definir o quanto e onde a gente vai gastar aquelas economias suadas: conhecer um (ou vários) lugar(es), comer bem, realizar certos desejos, e por vezes descansar e ter alguns luxos que só mesmo longe de casa. Nosso site notoriamente prioriza destinos, mas existe a galera que busca um hotel bacana e nada mais, onde aquela vida de marajá seja realidade por alguns dias.

E isso também é muito legal, oras! Inclusive, faremos coisa parecida em breve:)

Mas priorizar o destino – para os bolsos mundanos, grupo esse do qual fazemos parte – exige alguns “sacrifícios”. E a gente costuma sacrificar logo de cara justamente as hospedagens. Ah, mas isso quer dizer o quê? Que cada noite é uma aventura nesse mundo selvagem dos alberguistas? Que somos cercados de jovens (ah, jovens…) bêbados zoenando a noite toda, dormindo mal e tendo que conviver com gente estranha zanzando de cueca no mesmo quarto?

Calma lá com o preconceito. Vamos falar um pouco de albergues.

Ué, cadê os jovens/bêbados/marginais?

Ué, cadê os jovens/bêbados/marginais?

Antes de qualquer coisa, esqueçam o filme (mas só esqueçam do conceito, o filme é ótimo – principalmente a cena do olho). Todas essas imagens perturbadoras aí de cima já foram vividas pela gente, sim: gente entrando e saindo de quarto o tempo todo, duas israelenses batendo boca (e porta) às 3 da manhã, fulano zanzando de cueca, secando roupa em aquecedor, casal tendo ataque de riso de madrugada… não, não são poucas as histórias semi-traumáticas que colecionamos. Mas se vocês já viveram tudo isso, por que continuam priorizando esse tipo de hospedagem?

Bem, tudo isso que relatei aconteceu em nossas primeiras incursões – que foram bem diferentes das últimas. Pra quem nunca experimentou, é bom esclarecer alguns aspectos que nem sempre são tão claros – ainda mais se você já tem uma ideia pré-concebida sobre albergues:

– Sim, costuma ser BEM mais barato

As diferenças de preço costumam ser gigantescas. Obviamente, em quartos coletivos o preço despenca vertiginosamente e torna-se tentador. São poucos os casos em que os valores se equiparam – mas sim, já aconteceu, então não é uma regra. Mas costuma ser assim…

Dinheiro que sobra sempre rende uma cervejinha a mais...!

Dinheiro que sobra sempre rende uma cervejinha a mais…!

– Uma das melhores maneiras de conhecer gente nova

Se você não se incomodar em dividir beliche(s) com outras pessoas, vale a experiência. Às vezes pode sim ser bem divertido, e uma ótima oportunidade de treinar outro idioma, fazer amizades e aumentar a experiência da sua viagem. Claro, existe o outro lado: aquele que engloba todos os riscos descritos ali em cima.

Cama de casal, sossego e tranquilidade.

Cama de casal, sossego e tranquilidade.

A gente, que sempre viaja junto, resolveu isso gastando um pouco mais com quartos privativos (sim, isso existe em todo e qualquer albergue). Às vezes a única coisa compartilhada é o banheiro, às vezes nem isso. Caso esteja viajando em grupo, organize-se pra fechar um quarto com o número de pessoas do seu grupo (3, 4, 6, 8 e até 10 pessoas cabem nesse planejamento) e não corra o risco de surpresas desagradáveis.

– Precariedade? Pelo contrário…

Existem hotéis bons e ruins. Existem cruzeiros bons e ruins. E obviamente, existem albergues bons e ruins. Pesquise as referências do albergue em que você pretende se hospedar (ranking do TripAdvisor, comentários no Facebook, resenhas no Booking) e normalmente a realidade corresponde à maioria das expectativas. Já encontramos quartos de cinema, camas de casal que colocam a nossa no chinelo, banheiros de suíte com chuveiro de deixar saudade… além do serviço de quarto, e de um costumeiro café da manhã – incluso na grande maioria das hospedagens, e que em alguns/vários lugares é simplesmente de cair o queixo.

Café da manhã que deixa saudades :)

Café da manhã que deixa saudades 🙂

Banheira, ducha e até um bidezinho. Um sossego.

Banheira, ducha e até um bidezinho. Um sossego.

– Camaradagem

Carona, capa de chuva, guarda-chuva, champagne, lavanderia, gente que pede comida por você, jogo de cintura, descontos em vários locais, além de um quase sempre eficiente serviço de informações e assistência turística. Bater um papo e confraternizar com a equipe do albergue pode trazer ótimos e inesperados resultados.

Amizade a gente também faz no balcão.

Amizade a gente também faz no balcão.

Por esses e outros motivos, se você é daqueles que quando pensa em viagem já sai correndo pra pesquisar um hotel, considere a possibilidade de pelo menos experimentar um albergue – nem que seja uma só vez. Piscina, serviços all inclusive ou de pensão completa, formalidade e luxo não estão ali (e se é isso que você procura, certamente este texto não te atende e serve somente como curiosidade). Mas outras tantas coisas podem abrir sua mente para um novo tipo de planejamento: outras oportunidades e possibilidades, ao seu alcance com um pouco mais de dinheiro no bolso.