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Das nuvens

26 de janeiro de 2016

Por Carol Andrade


“Marquei seu salto pra 10:30 com o Lu”

O whatsapp me entregava essa mensagem da Alice quando eu já estava na Casa do Alemão com Débora tomando café, a caminho de Resende. Tinha acordado com medo: eita caramba, é hoje que eu vou saltar de paraquedas.

Nunca tive essa vontade antes, a ideia de pular de um avião no ar e apreciar o caminho vertical para o chão não me apetecia – até que, quando fui a Penedo na semana retrasada, essa ideia surgiu em forma de desejo, desejo-quase-necessidade.

Estava precisando sentir algo que me sacodisse de uma forma diferente de todas as minhas referências e nada melhor do que conversar com o Sombra, amigo querido e marido de Alice, uma das primeiras amigas da minha vida. Com anos de estrada e forte reconhecimento no paraquedismo, esse cara que já dobrou paraquedas do príncipe de Dubai por alguns anos, precisou ouvir todos os tipos de pergunta: as pessoas se mijam? Pode ter crise de pânico lá em cima? Tem algo que eu precise fazer para que a coisa dê certo? Eu que abro o paraquedas? Ele vai abrir?

Pasmem, mas ele respondeu a todas essas perguntas, ao longo de uma semana, entre um cigarro e um café, entre uma cerveja e um bolo de cenoura na enchente. Alice e Angela (mãe da Alice, professora querida e ex-colega de trabalho – vejam como essa família é um poço de referências de carinho na minha vida) empolgadíssimas com meus planos, davam força para que eu não desistisse.

Eu esperei o sábado e o sol, mas o segundo resolveu que daria lugar a nuvens carregadas e chuva contínua. Voltei para o Rio frustrada, mas na promessa de voltar, assim que o astro rei permitisse que eu passeasse no céu.

Enfim, essa semana, lá estava ele, nos devolvendo um pouco do calor infernal e dando dias mais bonitos.

“Alice, como está o tempo aí?”

“Está lindo.”

Eu entendi que era a hora.

Débora topou o passeio, vai que também decidia saltar…

Sete da manhã, pontualíssima, minha amiga há tantos anos passou para me buscar e fomos rumo a algo que eu não fazia ideia do que esperar. Ao longo do caminho ela me tranquilizou: eu não era obrigada a saltar, se chegasse lá e desse medo. Eu pensei que isso não poderia acontecer. E ainda bem que não aconteceu.

Após uma leve perdida na cidade, chegamos ao Aeroporto de Resende, Hangar 4. Alice era so sorriso. Débora registrava meus passos importantes com sua câmera. Eu estava na sétima decolagem. Macacão azul, por favor. Rosa não. Assina o termo. Débora, vou ler essa porra não, vou só preencher e assinar, fotografa pra eu ler depois em casa. Instruções do Luciano, simulando a saída do avião e a postura da queda. No carrinho do galpão e no skate, tudo parecia tranquilo. Prende o macaquinho no macacão. Vai ficar apertado, mas se incomodar avisa. Você segura aqui, abre o braço quando eu avisar. Cuidado com a cabeça, ao embarcar no avião. Vamos lá?

De repente eu estava num campo, concentrada com alguns caras de macacão, exceto um, de bermuda e camiseta que parecia bem tranquilo. O responsável pela filmagem externa me avisou: no ar, pode ser que eu segure a sua mão. Deixe apenas estendida, mas não segure a minha, ok? Ok. O instrutor disse que tudo o que eu precisava fazer era sorrir, ação que parecia impossível quando o avião chegou. Todos subiram, eu fui por último (mal sabia eu que essa ordem significava ser eu a primeira a saltar).

E aí começou.

O avião começa a andar com a porta aberta e de repente ele sobe e tudo vai diminuindo de tamanho do lado de fora, enquanto do lado de dentro, a sensação é de que há algo que não caberá mais em mim. “Não tem mais volta!”, brincou o instrutor. Mal sabia ele que essa irreversibilidade existia desde a semana que passei em Penedo.

Em poucos segundos, eu estava presa ao instrutor pela estrutura do macaquinho e em menos segundos ainda, o avião fez a reta do salto. Um alarme tocou e o avião diminuiu a velocidade. Chegou a hora, me pareceu. Abriram a porta do avião. Eu só conseguia dizer “Caralho”. Eu ia cair no google maps visualização satélite, aqueles pequenos quadrados que são o chão, aquele barulho ensurdecedor do avião, do céu, da minha cabeça, o frio na barriga, o instrutor me posicionando na porta do avião, os outros paraquedistas sorrindo, se despedindo, dando boa sorte, eu sentei com os pés para fora do avião e caralho eu to com os pés pra fora do avião, a janela que eu tanto gosto de olhar nas viagens não era mais uma janela; era o lugar onde eu estava com o corpo, eu ia cair ali, no céu, na cidade de Resende e tudo isso deve ter durado um segundo ou menos e de repente eu estava caindo e um medo absurdo apareceu e sumiu, pois magicamente eu entendi que não tinha dado merda. Tudo estava sob controle. E eu abri os olhos.

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Não sei dizer o que eu senti exatamente, eu olhava em volta e só conseguia chorar, a emoção era física e tudo o que eu queria era olhar o máximo possível, olhar para cima, olhar para baixo, registrar todas as sensações de se estar no céu. O paraquedas abriu e a coisa só ficou mais suave. Era voar de avião sem avião, era olhar tudo muito pequeno lá embaixo, sentir o corpo navegar sem chão. Não conseguia gritar urru, nem dizer o quão incrível aquilo estava sendo. Era tudo inacreditável. Não tinha angústia, não tinha tristeza, não tinha medo, não tinha fracasso, não tinha dúvidas. Todos os meus canais de perceber o mundo foram tomados por aquele momento de estar ali, depois de ter saído de um avião no ar. Pensei que meditar deve ser isso, estar consciente de uma presença grande, uma plenitude de aqui-agora, de infinito.

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Chegar no chão foi divertidíssimo – segui as instruções do Luciano e tudo acabou com um tobogã na grama com o paraquedas caindo atrás da gente. A primeira pessoa que eu vi foi Alice, feliz demais correndo em minha direção de braços abertos. Que inacreditável.

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Ao longo do dia eu fiquei tomada por um estado zen de espírito, uma tranquilidade, um sorriso calmo. Na cabeça, somente aquela imagem google maps visualização satélite, aqueles quadradinhos que tomavam forma de casas, de cidade, de pessoas jogando futebol, aquele gelado no corpo de saltar de um avião a 4 km do chão, aquele choro descarreguento, aquela emoção da ilusão de voar. Aquele carinho das amigas que estavam ali comigo, do Sombra que não estava lá, mas garantiu que estará na próxima – a próxima que eu espero acontecer o quanto antes.

Que bem maravilhoso que toda essa conjuntura me permitiu.

Voemos.


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Causos, Fofuras

Do amor e tantos Bowies

13 de janeiro de 2016

Por Beta Clapp


Esse é um relato sobre o amor. Daqueles amores que a gente sente instantaneamente quando para pra observar de um jeito mais atento. Quando desacostuma o olhar. Do amor e outras sensações que vem dele, das que não são descritas em palavras, por mais que a gente tente. Ta aí a minha tentativa de começar a falar do meu amor por São Paulo, pelo Masili e pela Dé, pela Isabella e pelo Bowie. E não reparem: amor e amar serão repetidos várias vezes por aqui.

Em janeiro de 2014, recebi o convite pro aniversário do Masili. Eu no RJ, ele em SP. Eu, que já amo SP, tinha mais um motivo pra encher a mochila e partir. Claro que eu não ia confirmar o evento e avisar pra ele que eu ia na comemoração: a ideia era brotar lá de surpresa e causar uma comoção mesmo. Foi aí que eu comecei a angariar as minhas parceiras no crime – Isabella (que na época nem conhecia o Masili) e Carol toparam a surpresa, e a Dé foi a aliada primordial no plano de causar um faniquito no moço.

O aniversário do Marcelo era na sexta, o bar estava marcado pra sábado. Mas quem vai pra SP na sexta podendo ir na quarta? Eu e Isabella estávamos com a agenda tranquila e decidimos chegar antes pra poder aproveitar essa cidade tão querida. Passagens compradas, hostel reservado, comecei a planejar o tour dos dias que viriam.

Uma pequena pausa pra falar sobre Isabella. Isabella é um amor que é. Não dá pra ir além disso. Isabella vive pensando nos outros. Eu vivo pensando em Isabella e em Isabella pensar nela. Essa viagem era pra mim, pra Marcelo e pra Isabella. Apesar de ela já ter ido pra SP, eu queria mostrar pra ela a cidade que eu amava. E na busca pela programação da viagem eu descobri que na sexta-feira, a mesma do aniversário do Masili, o Museu da Imagem e do Som (MIS) ia inaugurar uma exposição sobre David Bowie, um dos grandes amores de Isabella. A exposição tinha sido montada originalmente no Victoria and Albert Musem em Londres entre março e agosto de 2013 e tava indo pro MIS.

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Toda vez que Isabella falava do Bowie, os olhos brilhavam e ela abria um sorriso. A minha reação era sempre a mesma – eu (dizia que) não conhecia Bowie.

Então eu descobri a exposição e queria fazer a segunda surpresa da viagem, agora pra Isabella. Entrei no site e vi que dava pra comprar as entradas antes, o ingresso que era R$5 ia pra R$25, mas mesmo assim eu estava decidida a garantir a nossa ida na estreia. Mandei e-mail pro hostel pra ver se alguém podia me dar um help e comprar pra gente, a fim de evitar o prejuízo. No final das contas, não dava pra comprar antecipado no MIS, o site não funcionava e eu corri o risco de comprar no dia. Mandei pra ela a programação que tinha pensado e tinha um buraco na sexta de manhã. Era segredo.

Chegamos em SP na quarta-feira muito cedo, largamos as coisas no hostel e fomos pra rua. O dia terminou com uma chegada milimetricamente arquitetada por mim e pela Dé, na qual passamos pela portaria do prédio deles sem tocar o interfone e quase matei o Masili do coração quando ele abriu a porta e ta-dá!, estávamos lá.

Passei quarta e quinta andando com Isabella pela cidade. Sempre ficava tensa quando pegávamos o metrô: aquelas telinhas cheias de propaganda ficavam sugerindo eventos pela cidade e eu ficava sempre desviando a atenção dela, com medo de aparecer alguma coisa sobre a exposição. Consegui.

Sexta de manhã chegou. Eu estava mega ansiosa. A primeira surpresa tinha sido sucesso, a segunda ia rolar, eu tinha fé. Mal podia esperar pela reação dela. E mais uma pausa pra falar de Isabella. Isabella, que pensa muito pouco nela, estava sendo livre. Isabella estava sendo ela, fazendo o que queria, sem pressa, sem estado de alerta, sem preocupações constantes. O faniquito.

Pegamos um ônibus e fomos. Quando chegamos lá nos deparamos com um cartaz gigante e esse container aí de baixo. Os olhos de Isabella brilharam mais do que todas as vezes que ela falou do Bowie, encheram d’água e o sorriso não fechava nunca. Parecia que a gente ia entrar e dar de cara com o próprio Bowie. Não consegui um registro desse momento, mas tem esse aí que foi posterior à chegada.

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Ficamos um tempinho do lado de fora, a exposição abria às 11h. Eu achando que ia estar lotado e nada, muito longe disso. Rolou uma filinha com algumas pessoas, compramos nossos ingressos e entramos. Deixamos a bolsa num armário (felizmente era proibido fotografar, acho isso sempre um alívio) e antes de entrar pegamos um fone com um aparelho do tamanho de um radinho de pilha que deveria ficar pendurado no pescoço. No fone rolava o que até então eu achava era tão só uma trilha sonora pra curtir a exposição.

Passamos por um corredor escuro, com umas luzes azuis pelo caminho e a primeira sala era dedicada a nada menos que Space Oddity. Logo na abertura um cartaz contava a história da composição da música. Pra definir o nome, Bowie procurou Stanley Kubrick, e na minha cabeça foi algo do tipo: oi, Kubrick, beleza?, aqui é o Bowie, eu fiz uma música nova e queria saber se rola de fazer um jogo de palavras com Space Odyssey”. Isso foi sensacional demais pra mim.

Essa primeira sala era bem pequena, eu ainda estava tentando entender como aquilo ali rolava no mundo e eu não sabia. Fui acompanhando a sequência, rascunhos, matérias de jornal, cifras, e, de repente, quando virei, dei de cara com uma televisãozinha antiga que passava isso aqui:

Foi, então, que tudo fez sentido: o fone estava perfeitamente sincronizado com a TV e eu fiquei uns 15 minutos vendo o clipe se repetir. E, assim, eu me apaixonei.

Passamos mais de duas horas lá dentro. A cada passo que eu dava era um mundo que se abria. Eu não conseguia imaginar a possibilidade de fazer tantas coisas incríveis em uma única vida, de ter aquela capacidade de me reinventar, de me desorganizar e de expandir. E aos poucos eu fui percebendo que, sim, eu conhecia Bowie. Eu conhecia e sabia várias das coisas que vi lá dentro, as roupas, os filmes, as músicas. E mais do que o que era concreto, eu de alguma forma me reconhecia ali. Eu queria ser e era, em alguma molécula do meu corpo, um pouco de Bowie. Porque Bowie não era ele, era tudo, era todos e não era coisa alguma. David Jones. David Bowie. Ziggy. E por aí vai.


(esse vídeo também rolou numa televisãozinha e mais uns 15 minutos se foram no repeat)

Chegamos ao final. Uma sala enorme, escura, redonda, com um pé direito altíssimo e vários manequins vestidos com roupas dele. Toda a sala era feita de telões que passavam imagens de shows. Não um show, mas alguns. Às vezes dois, às vezes três. E por conta do radinho mágico, dependendo do lugar onde você estava na sala, o som ia mudando.

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A minha primeira reação foi ficar girando no mesmo lugar pra ouvir tudo e olhar pra tudo. Foi quando eu parei, olhei pros lados e vi: as várias pessoas que estavam na sala naquele momento experimentavam cada uma o seu show particular, escolhiam pra qual tela olhar, mas todas, sem exceção, estavam emocionadas. Eu me sentei no chão de carpete, encostada num canto e chorei. Quietinha, no meu canto, eu chorei um bocado. Eu não conseguia entender o que acontecia, mas acontecia e era incrível, era lindo e era totalmente inexplicável. E foi, assim, que o amor chegou. A paixão era evidente, mas sim, eu amava Bowie, assim. Talvez porque isso seja mesmo o amor, uma coisa que apesar de poder ser recíproco, compartilhado ou não, no fundo você experimenta sempre sozinho. Tem a ver com o que te afeta, como te afeta e como você olha e esquece tudo ao redor. Nada importava naquela hora, então eu me entreguei. E como em todo amor, não dava vontade de partir.

Várias vezes eu me perdi da Isabella lá dentro e quando olhava pro lado ela ainda estava com a mesma cara de quando tinha chegado. A gente digeriu cada pedacinho daquilo tudo e tentou guardar o máximo que deu. No fundo eu acho que se alguém me pedir pra contar as coisas que aprendi sobre ele na exposição eu não vou saber dizer muita coisa. Porque não é por aí. E quem sabe valha a pena a gente pensar se a gente aprende alguma coisa efetivamente sobre quem se ama ou sobre o que se ama, porque eu acho que não. O amor é essa experimentação constante do que diz alguma coisa, do que brilha na e da gente. Porque, na verdade, afeto a gente não vê, não toca, não define. Os afetos estão por aí, pra serem vistos com o corpo, pra serem sentidos pela alma e a gente sabe que eles vem quando dá aquele vazio que vai crescendo lá dentro do estômago e sai pela boca iluminando tudo ao redor. Quando a gente experimenta o amor é lisergia pura.

Quando eu comecei a escrever esse texto, tinha pensado em pesquisar fotos, falar da exposição, tentar contar pra quem não pôde ir o que deu pra ver por lá. Mas não deu. Não dá. Como eu disse no começo, esse é um texto sobre o amor, e só quem vive um amor é capaz de enxergá-lo como ele se dá.

http://arte1.band.uol.com.br/homenagem-a-david-bowie/

A nossa viagem continuou linda. A comemoração do aniversário do Masili teve ainda mais uma surpresa, com a chegada da Carol.

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Eu voltei pro RJ no domingo e a primeira coisa que fiz foi baixar a discografia do Bowie. Na época, escolhi 4 discos pra ouvir: Heroes, The man who sold the world, The rise and fall of Ziggy Stardust and the spiders from Mars e, claro, Space Oddity. Os quatro estão no meu iPod até hoje – já são dois anos – e ainda não consegui parar de ouvi-los, nem achei que era a hora de passar pra outros. Depois disso comprei o meu primeiro vinil do Bowie, claro, Space Oddity. Depois que minha irmã se mudou e levou a vitrola, o disco passou um tempo na casa da Isabella, até que no meu aniversário do ano passado, Isabella, sendo Isabella, me devolveu o disco – com uma vitrola de presente.

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Mas antes disso, no natal de 2014, eu ganhei da minha irmã e de outra amiga um outro presente maravilhoso. Um livro lindo e sensacional da exposição, que eu nem sabia que existia. Pra quem quiser ver mais, tá aqui ó: http://editora.cosacnaify.com.br/ObraSinopse/2215/David-Bowie-.aspx

Quando Bowie se foi no início dessa semana meu coração apertou, mas eu não chorei. Eu disse pra mim mesma que era uma bobagem, que não tinha porque. E aí hoje, eu decidi usar esse lugar tão querido que é o Faniquito pra fazer a minha despedida desse grande amor que se foi. Finalmente, eu chorei. Eu ainda tento entender porque a tristeza de vê-lo ir. Mas como é amor, não tem nenhuma explicação. Pelo que vi e ouvi de algumas pessoas, a conclusão que chegamos é de que talvez seja mesmo difícil entender que Bowie era tão mortal quanto a gente, e que pra ser mais de um, todos e nenhum é só a gente querer.

E, assim, eu me despeço desse texto tão querido e do Bowie, esse amor tão recente e tão arrebatador, como eu já disse em algum outro momento. Agradecendo a ele por ter sido todos eles e até o fim ter sido mais. E aos meus amigos que me ensinaram, como o Bowie: “I never thought I’d need so many people”. Amo vocês.


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