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Faniquito, Fofuras

A Dé e o Paul

18 de junho de 2015

De certa forma, é muito fácil escrever o texto de hoje.

É dia 18 de junho, aniversário do Paul McCartney. E como nosso site se propõe a falar de qualquer assunto relativo a viagens, é a primeira vez que o tópico “música” aparece por aqui. Paul McCartney que é de longe um dos sujeitos que mais amamos aqui em casa, e por quem abrimos nossos corações sem nenhuma censura. Um sujeito bacana, levinho e extremamente talentoso, cujo rosto estampa o pôster que está na parede da sala, juntamente de seus outros três amigos. Bobo eu seria se não desse à sua música ou dos Beatles os devidos créditos por viagens constantes, as quais felizmente posso fazer muito bem acompanhado.

Paul aniversaria hoje, e cantou nossa última música enquanto namorados, na manhã do nosso casamento. Por um minuto e quarenta e cinco segundos, “I Will” fez as vezes de calmante para um cara naturalmente nervoso, que precisou travar os dentes para que o coração não saísse pela boca. Naquele mesmo ano de 2010, teríamos a oportunidade de encontrar o ilustríssimo músico inglês – oportunidade que seria única, não tivéssemos cometido a loucura de comprar ingressos (caros, muito caros, ainda mais pra quem havia acabado de comprar um apartamento) para seus dois shows, em dias seguidos. Poucas vezes fomos tão felizes, com duas vezes três horas de uma espécie de hipnose coletiva cantada a plenos pulmões. Viajamos para longe, muito longe… sim, havíamos visto um beatle – de pertinho no primeiro dia, debaixo de chuva e um pouco mais longe no segundo. Cruzamos uma fronteira da vida que para ambos era tão importante quando conquistar novos horizontes, e daquelas duas noites jamais esquecemos.

Uma selfie antes do melhor show das nossas vidas.

Uma selfie antes do melhor show das nossas vidas.

Paul foi o responsável por tortamente adquirirmos um videogame, um controle em forma de bateria, outros de duas guitarras e um microfone, para que por vezes espalhássemos finais de semana caseiros em música que nos remete às nossas vidas. A casa vira taverna. A gente permanece viajando.

Paul é um membro da família, sem a menor dúvida. E pra ele eu deixo meu mais sincero desejo de felicidade plena e eterna – a qual ele certamente terá, dado que sua obra é imortal. E agradeço, por aproximar ainda mais minha pequena de mim. Não haveria escolha mais óbvia e linda para começarmos nossa vida juntos. Uma vida que já tem mais de 7 anos de história. Mas que hoje, seu aniversário, embala novamente o aniversário de outra pessoa, que me permitiu conhecer algo além do quintal de casa (quando minha casa nem quintal mais tinha), e me apresentou o mundo – para o qual passei a escrever há alguns meses por aqui.

Porque hoje Paul, é aniversário da Dé. Que num passado não tão distante me contou num desses churrascos da vida que tinha um sonho pra vida: conhecer Machu Picchu. Naquela época eu sequer imaginava que um dia seríamos os dois uma coisa só lá na frente, e aquele sonho contado de maneira tão distante me parecia coisa mais que difícil de ser feita – eu, devendo os tubos em cheque especial, ela vivendo de aluguel num quartinho na Vila Mariana. O tempo passou, as vidas se trombaram, e um ano depois de “I Will” encerrar nosso namoro e iniciar nosso casamento desembarcávamos no Perú. Não por acaso, a primeira foto do primeiro texto do Faniquito é justamente sobre essa conquista.

Do churrasco a Huayna Picchu foi um longo caminho.

Do churrasco a Huayna Picchu foi um longo caminho.

Foi com ela que eu reaprendi a sonhar (porque sim, meus amigos – eu desconfio dessa gente que é feliz o tempo todo, 24/7), desses sonhos fazer planos, e desses planos montar projetos que virariam viagens, que nos levariam a outros continentes, ou a um show do Paul McCartney. Foi ela que me segurou quando meu pai se foi, e com ela eu imaginei uma vida perfeitamente possível, e totalmente imprevisível, uma vez que sempre fomos o casal improvável. Mas deu tudo certo, e a gente tem muito a celebrar, sonhar,  planejar e viajar ainda.

Faniquito funcionando até em dia de chuva :)

Faniquito funcionando até em dia de chuva 🙂

Por isso, o texto de hoje saiu fácil. Falar daquilo que a gente ama é fácil, e a gente faz isso toda segunda e quinta. Mas hoje, me dei ao direito de falar de QUEM eu amo – e que não por acaso, contextualiza tudo isso de uma maneira muito simples. Parabéns Jinhu (ela é Dé pra vocês, mas Jinhu só pra mim)… e que seus sonhos continuem cada vez mais altos, distantes e coloridos. Eu compro todos, e deles faço questão de fazer parte e contar história por aqui.