Argentina

Sombra e água fresca

5 de janeiro de 2015

Sabe esse calor que não cessa? Buenos Aires.

Um dos lugares mais desgraçadamente quentes que a gente já visitou, a capital argentina é igualmente apaixonante (ou seja, dá-lhe paixão, porque o calor é pesadíssimo no verão). Não é por acaso que os caras têm um sol na bandeira, eu posso assegurar isso pra vocês. Quando estivemos por lá, um dos bairros mais famosos da cidade ganhou nosso coração por outro predicado importantíssimo para essa época do ano: a sombra.

E esse bairro é a Recoleta. Que assim como reza a lenda, é de fato um dos bairros mais charmosos e bonitos da cidade – não por acaso, também um dos mais ricos. Com seus prédios colados um ao outro, e várias árvores pelas calçadas, é em suas ruas que a gente encontra um bom descanso pro sol incessante do verão hermano. A Recoleta é conhecida por seu cemitério (onde estão Evita e Sarmiento – os dois políticos mais importantes da história argentina), restaurantes chiques com mesas na rua, alguns parques, e vários casarões que intercalam a paisagem de prédios e lojas pelas ruas. A entrada do cemitério é gratuita, porém na entrada vende-se um mapinha para o turista apressado encontrar rapidamente as sepulturas famosas (são várias). Se você não estiver com pressa e quiser contemplar a arquitetura dos túmulos ou encontrar os defuntinhos famosos, é só passear com calma que você encontra – o da Evita é até dificil de se fotografar, tal o povaréu que sempre se acumula em frente ao dito.

A bela entrada do cemitério da Recoleta...

A bela entrada do cemitério da Recoleta…

...que apesar da fama, continua sendo um cemitério.

…que apesar de bonito, continua sendo um cemitério.

Uma dica bacana aos passeadores de plantão é visitar a Basílica de Nossa Senhora de Pilar – uma igreja toda branquinha que fica logo ao lado do cemitério. Normalmente não muito povoada (o roteiro padrão de visitas ao bairro dificilmente inclui a igreja), o passeio por suas escadas e salas serve como um deleite aos olhos – as imagens que adornam a basílica são muito expressivas, delicadas e realmente bonitas – e também como um pertinente refresco após uma caminhada pelo bairro, ou uma visita ao cemitério.

A Basílica fica logo ao lado do cemitério.

A Basílica fica logo ao lado do cemitério.

Um detalhe de uma das lindas imagens que adornam a igreja.

As imagens são realmente lindas, até pra quem não é de igreja (como eu).

Por sorte dos menos abastados, também existem botecos mais populares espalhados pelo bairro: é só dar uma vasculhada carinhosa e não ter medo de analisar o cardápio antes de fazer (ou não) seu pedido – sim amiguinho, não é feio ir embora se o lugar que você escolheu for maior que a capacidade do seu bolso. Lição pra vida, e pra qualquer viagem: tenha em mente que uma cerveja tem que custar o preço de… uma cerveja.

A parede de prédios fornece uma bela sombra...

A parede de prédios do bairro fornece uma bela sombra.

Pra fechar esse primeiro textinho caliente sobre nossos hermanos: água. Sim, a vida não é feita somente de Quilmes e Freddo… uma hora a gente só quer tomar uma água. Vende-se água gelada em qualquer canto por Buenos Aires, mas nem toda água desce gostoso. Tentando explicar de uma forma bem grosseira, algumas marcas de água tornam-se meio “oleosas” assim que vão perdendo o gelo. Se você não tomar rapidinho, fica um negócio meio ruim se refrescar desse jeito. Das que experimentamos, a marca que mais se aproxima da água ideal é a Eco De Los Andes (e fique esperto: a sem gás é a verdinha, porque nem todo país é que nem o Brasil, onde o padrão é sem gás) – é uma água da Nestlé*, de preço pra lá de acessível.

Diretamente da nossa caixinha de bugigangas, o rótulo com a faixinha verde.

Diretamente da nossa caixinha de bugigangas, o rótulo com a faixinha verde.

Agora você já sabe onde e como enfrentar o calorão argentino 🙂

*Nossos textos não são patrocinados. A gente indica aquilo que a gente gosta/aprova, porque isso também ajuda na viagem alheia. Simples assim.

 

Textos que você também pode gostar

Um comentário

  • Responder Mel 12 de janeiro de 2015 às 09:45

    Morro de vontade de ir para a Argentina. Com os relatos de vocês, a vontade só aumenta!
    🙂

  • Deixe uma resposta para Mel Cancelar

    This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.