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20 de agosto de 2015

Faniquito, Fazendo as malas

Portas em automático

20 de agosto de 2015

Por Erica Hideshima


Faniquito. Palavra que define toda santa viagem. Pra mim, a empolgação é a mesma na hora de fazer uma mala de cinco quilos pra passar o fim de semana trabalhando nos eventos esportivos da vida, ou quando preparo meus dois grandes volumes de 32 quilos pra passar um mês fora. E, confesso, conter a ansiedade de escrever sobre isso está bem complicado – uma palavra atropela a outra, dá vontade de contar um monte de histórias num post só…mas vou tentar me controlar.

Dizem por aí que “viajar é trocar a roupa da alma”. E como eu gosto de shopping, gente. Sério: viajar é a coisa que mais amo na vida – mais do que comer e dormir.

Cada vez que a gente sai de casa, sempre volta com um monte de coisas que dariam excesso de bagagem se fossem palpáveis e tivéssemos de colocar nas malas. Memórias, sensações, sabores e cheiros que sempre serão lembrados – mesmo que você volte para o mesmo lugar depois de anos.

Depois de rodar e rodar por aí a gente acaba criando rituais para que cada vez a viagem funcione melhor. Esses são os primeiros passos depois que escolho pra onde ir:

  • Checar o formato da tomada (e a voltagem dela)
  • Checar a temperatura média no mês
  • Checar os meios de transporte públicos.
Transporte público: pra ficar de olho (e às vezes fotografar)

Transporte público: pra ficar de olho (e às vezes fotografar)

  • Conferir no TripAdvisor as dicas de pontos turísticos e hotéis.
  • Fazer um roteiro dia-a-dia (flexível, claro), já estipulando quanto dinheiro gastar por dia e quais são os lugares a serem visitados – sempre cumprindo a ordem de prioridades. Geralmente eu seguro bastante o dinheiro nos primeiros dias, pra poder esbanjar da metade pra frente caso não haja nenhum imprevisto no meio do caminho.
  • Reservar os hotéis quase sempre no www.booking.com, que reserva e cancela quase sempre de graça.
  • Avaliar o custo benefício do hotel em relação aos lugares onde quero ir. Geralmente, procuro ficar perto de estações de trem e metrô pra chegar mais rápido nos pontos que quero visitar.
Tudo fica mais fácil com mobilidade

Tudo fica mais fácil com mobilidade

  • Ter sempre dinheiro a mais pra imprevistos como o citado aqui embaixo.
  • Especialmente checar os aeroportos menores se você viaja com companhias low cost – teve uma vez que achei que iria de Frankfurt pra Veneza e era em um aeroporto a mais de 100km de onde eu estava. Ou seja: é como se estivesse em Congonhas e tivesse de pegar o vôo em Viracopos. Me ferrei e desembolsei mais de 100 eurecas pra chegar ao aeroporto. E era um táxi ilegal – ou seja, se tivessem me matado e jogado no mato, jamais teriam descoberto. Espero que minha mãe não leia isso.
  • Guardar seu passaporte como se fosse sua vida – sim, me roubaram o passaporte em Nápoli. Acreditem: o passaporte brasileiro é o mais caro no mercado negro, já que brasileiro não tem cara de nada e tem cara de tudo. Vale a pena comprar aqueles porta documentos que você usa dentro da calça. Coloque ali também o cartão de crédito e seu dinheiro.
  • Ter um cartão pré-pago ligado à sua conta bancária. No Itaú, por exemplo, tem o Global Travel – transfiro dinheiro da minha conta pro cartão pagando uma taxa que vale a pena na hora de comprar aquele monte de coisa que a gente paga muito mais caro no Brasil.
  • Não pare na rua pra dar atenção pra gente puxando papo do nada. Os caras são muito bons em levar suas coisas sem você nem perceber. Em Paris, por exemplo, tem o golpe do anel de ouro. Eles tentam parar as pessoas na rua dizendo que elas deixaram cair o anel de ouro. Passe reto – e muito rápido.
  • Atenção para o peso da sua bagagem: em vôos intercontinentais as malas podem pesar 32 quilos cada. Mas se você for voar em companhias low cost dentro da Europa ou Estados Unidos, muitas vezes você só pode despachar uma mala – com, no máximo, 23 quilos. Os caras enfiam a faca mesmo porque sabem que as pessoas não podem jogar a bagagem fora.
Fique de olho na balança (da bagagem)

Fique de olho na balança (da bagagem)

  • Leve uma farmacinha na bolsa. Remédios para dor-de-cabeça, cólica e alergias nunca são demais. Sou meio hipocondríaca, confesso, mas me sinto muito mais segura saindo de casa sem medo de comprar coisas desconhecidas se eu passar mal.

Enfim, seguir guias pode ser muito chato. E minha intenção não é fica botando o terror em ninguém. Sei quanto enche o saco alguém dizendo “faça isso, faça aquilo”…

Disto isso, encerro minha primeira participação no Faniquito já com faniquito de escrever outro post. Mas aí, prometo, vai ser sobre por onde andei…e por onde quero andar.


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